Bem, essa será mais uma tentativa de retomar o blog. Depois das férias (que passarão num piscar de olhos, eu sei...) começará um novo semestre. Semestre porque para nós, professores, a vida não se divide em anos, mas sim em blocos dentro dele (bimestres, semestres, períodos, tem pra todos os gostos!). Já que é assim, semestre passado foi, digamos, como uma montanha russa, cheio de altos e baixos. Sabe aquele frio na barriga quando se sobe e a ansiedade de quando se chega no topo e nos preparamos para descer? Pois é, foi bem assim. Muitas surpresas ruins, boas e também aquelas que só pareciam ruins, mas que tiveram consequências e desdobramentos maravilhosos! E tudo foi vivido em sua intensidade.
Novo semestre, novas histórias, novas experiências. Sobre ele ainda não tenho muito o que falar, só me resta esperar por mais surpresas! Para começar (ou recomeçar) bem, os deixo com mais um de meus poemas, espero que gostem!
Samba da vida
Ás vezes, a vida me cansa.
Ás vezes, acho também, a vida se cansa de mim.
Talvez eu me fadigue por não vivê-la,
Talvez ela o sinta por não me deixar viver.
Aquele caminho,
No qual eu sonhava caminhar,
Agora é um labirinto
Do qual não consigo sair.
O destino faz de bosques tranqüilos
Florestas mal-assombradas
Onde dormem os fantasmas do meu passado
Que vagam livres, perturbando a realidade dos meus sonhos.
Mas, com o tempo,
Tudo isso já não assusta.
Acostumo-me a viver
Do que não é real.
Meus sonhos,
Agora são fantasias.
Não aquelas da imaginação,
Mas as de carnaval.
Que vestem de tanta alegria
Não só o corpo, estampado de cores,
Mas a alma, antes marcada pela escuridão,
Agora é livre, e segue um samba-canção.
É... ás vezes a vida realmente me cansa.
Já não mais por me sentir por nós atada,
Mas por dançar, sem cessar,
A vida num perfeito baile de gala.