quinta-feira, 18 de julho de 2013

Baú de pensamentos

Entrar. 
Degraus, passos, subir. 
Porta, chave, ranger. Shhhh! 
Barulho! Silêncio, ninguém. Ufa! 
Escuro, interruptor. Clarão, piscar. 
Ver, reconhecer. 
Andar, devagar. 
Pé, dedo, bater. 
Ai! O quê? 
Caixa, cadeado, abrir.
Chave, de novo, onde? 
Achar. Olhar. Arregalar. 
Olhos esfregar, não acreditar.
Pegar, segurar. Assustar.
Ler, sentir. Chorar, sorrir.


A mente é um baú de pensamentos que, vez ou outra, nos lembra que a essência de ser é simplesmente essa. EXISTIR.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Que diferença faz?

Algumas pessoas, ou melhor, alguns professores tem preferência por uma faixa etária para ministrar suas aulas. Uns preferem os adultos, por já serem teoricamente mais maduros de darem menos trabalho. Outros preferem as crianças, pois são encantadoramente ativas, brincalhonas e aprendem com uma facilidade de dar inveja. Há aqueles também que preferem os adolescentes, por sua curiosidade, sua dinamicidade e, por que não, por sempre reclamarem de tudo e ter uma resposta na ponta da língua? Essas duas semanas de volta ao trabalho me fizeram perceber que cada grupo desses tem algo de especial. Minhas turmas abarcam todos esses grupos e me sinto feliz por poder conhecer e dividir meu tempo com cada um deles. Ensinar idiomas não é tão fácil, ainda mais em grupos tão diferentes! Cada dia temos um novo desafio, um novo obstáculo e uma nova prova pela qual temos que passar para conquistar um sorriso, um elogio, ou até mesmo uma crítica. O abraço de um pequenininho, o interesse de um jovem e o respeito de um adulto sempre fazem o ato de educar valer a pena. Sim! Quanto mais diferentes os alunos, mais encantada fico. E, com certeza, mais eu cresço.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Refranes

Algumas pessoas são contra treinamentos de empresas, escolas, cursos, etc. Dizem que são chatos, cansativos e que não servem para nada, a não ser para perder tempo. Eu não diria isso. Normalmente essas situações nos dão oportunidades de aprender e ter experiências que podem não acontecer com tanta frequência. Semana passada fui a um treinamento, passei por uma prova-aula e lá conheci um chileno que apresentou uma aula sobre REFRANES, que são os nossos provérbios. A aprendizagem desse tipo de tema é importante para conhecermos não só a língua, mas a cultura de um país. 

REFRANES DE CHILE:

"No dejes para mañana lo que puedes hacer hoy."

"Aunque la mona se vista de seda, mona queda." 

"Quien te quiere te aperrea."

"Bajo el ojo del amo engorda el ganado."

"No hay peor sordo que el que no quiere oír."

"Camarón que duerme se lo lleva la corriente."

"El que quiere celeste, que le cueste."

"Cría cuervos y te sacarán  los ojos."

"El que la sigue, lo consigue."

"La suerte de la fea, la bonita la desea."

"Hijo de tigre sale rayado."

"El que fue a Milipilla perdió su silla."

"Un clavo saca otro clavo."

Escolham um e tentem adivinhar o que ele quer dizer, comentem com o que vocês acham!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Atividades extras: quando e como fazer?

Nesse período de férias, começo a pensar em como vou adicionar informações ao que meus alunos já tem como pré-estabelecido pelo livro e pela metodologia proposta por ele. Existem aulas que são dedicadas a atividades que tiram o grupo do ambiente puramente gramatical e voltam a atenção dos alunos para temas como cultura, música , literatura, etc. Muitos livros, sejam eles de cursos livres ou de escolas, já trabalham com essas temáticas dentro de suas propostas didáticas, outros não. De qualquer forma, sempre é bom criar materiais e exercícios que tornem as aulas mais dinâmicas e participativas. Uma das regras básicas dessa criação (pra mim, é claro) é que as atividades tenham relação com a temática da aula, do proposto pelo livro. Esse material deve funcionar como extensão do material didático e não romper com o que ele estabelece. Se a temática é a natureza, o exercício deve abordar tal tema, se é sobre tecnologia o mesmo, ou sobre um tema gramatical de que trate a unidade específica e assim por diante. Existem várias maneiras de se fazer uma A.E, isso vai depender da criatividade do professor, do tempo disponível para fazê-la e para executá-la e do nível do grupo ao qual essa se aplicará. Deixarei aqui um exemplo que já utilizei dentro de uma aula na qual o tema era "Un gran día de cine", os alunos deveriam ler as sinopses de dois filmes do cinema espanhol e preencher as lacunas com as palavras do quadro. Um exercício relativamente simples, mas que trabalha o aspecto cultural da língua a ser ensinado, a contextualização de palavras e também a estrutura textual. Espero que gostem!



domingo, 24 de julho de 2011

Hoje é dia de poema (2)!

Deixo vocês hoje com mais uma poema. Sempre que alguma coisa importante acontece na minha vida, essa é a melhor maneira que encontro de expressá-la: escrevendo! Esse foi um dos primeiros que escrevi. Está em espanhol, o que não é muito comum, pois escrever poemas já não é nada fácil, em outra língua então... Durante a semana colocarei outros posts sobre como é essa "nada mole vida" de professora...


Pregunta

Al revés de mi,
Al revés de ti,
Somos distintos de nosotros mismos.
Igual a otros
¿Quizás vosotros?
Pensad en todos,
Mirad a mi.
¿Qué observas tan fijamente?
¿Me ves?
¿Me cres?
¿Sólo a mi, o a los tres?
Somos tú
Somos yo
Somos ellos.
¿Qué somos nosotros entonces?
Ojalá una mezcla de almas
En un color casi incolor.
Deseos transparentes
Que se vuelven sueños
En ávidas mentes.
Pensamento latente
De los cuales nadie es dueño.
Nosotros somos dos
O uno en espiral.
Sí, hubo un comienzo.
Pero, ¿Quién sabrá el final?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Kids, niños, crianças... bons ou maus alunos?

De agora até o final do ano eu serei a "teacher", ou melhor, a "tia" de um grupinho de alunos que dá o que falar: as minhas crianças. Digo minhas, porque sinto que a partir do dia 1º de agosto ganho um monte de filhos que durante 2 horas toda semana serão minha responsabilidade, estarão sob os meus cuidados e eu serei aquela que servirá de exemplo para vários deles. Trabalhar com esses pequenininhos não é nada fácil: o bom humor tem que se fazer presente em 100% dos casos e a alegria tem que tomar conta do ambiente. Ser professora para eles é também ser mágica, animadora de eventos, cantora e inventora. A paciência que falta para alguns, se transforma em terapia para mim. Com essas gotinhas de gente, consigo desenvolver minha criatividade, meu sentido de companheirismo e meu comprometimento com a profissão que resolvi exercer. Se você, como eu,  gosta de surpresas, reações e opiniões inesperadas, críticas verdadeiras e muitos sorrisos e gargalhadas, essa é a faixa etária correta! Se você espera carinho e atenção também. Os meus anjinhos, me farão acordar bem disposta todos os dias e dizer: hoje é o dia deles! Termino aqui, esperando ansiosa. E você, gosta ou não de dar aula para crianças?

Para os professores de inglês, aí vai uma música que vale a pena ensinar!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

"E a gente segue em frente e o mundo olha por nós..."

Bem, essa será mais uma tentativa de retomar o blog. Depois das férias (que passarão num piscar de olhos, eu sei...) começará um novo semestre. Semestre porque para nós, professores, a vida não se divide em anos, mas sim em blocos dentro dele (bimestres, semestres, períodos, tem pra todos os gostos!). Já que é assim, semestre passado foi, digamos, como uma montanha russa, cheio de altos e baixos. Sabe aquele frio na barriga quando se sobe e a ansiedade de quando se chega no topo e nos preparamos para descer? Pois é, foi bem assim. Muitas surpresas ruins, boas e também aquelas que só pareciam ruins, mas que tiveram consequências e desdobramentos maravilhosos! E tudo foi vivido em sua intensidade. 
Novo semestre, novas histórias, novas experiências. Sobre ele ainda não tenho muito o que falar, só me resta esperar por mais surpresas! Para começar (ou recomeçar) bem, os deixo com mais um de meus poemas, espero que gostem!

Samba da vida



Ás vezes, a vida me cansa.
Ás vezes, acho também, a vida se cansa de mim.
Talvez eu me fadigue por não vivê-la,
Talvez ela o sinta por não me deixar viver.

Aquele caminho,
No qual eu sonhava caminhar,
Agora é um labirinto
Do qual não consigo sair.

O destino faz de bosques tranqüilos
Florestas mal-assombradas
Onde dormem os fantasmas do meu passado
Que vagam livres, perturbando a realidade dos meus sonhos.

Mas, com o tempo,
Tudo isso já não assusta.
Acostumo-me a viver
Do que não é real.

Meus sonhos,
Agora são fantasias.
Não aquelas da imaginação,
Mas as de carnaval.

Que vestem de tanta alegria
Não só o corpo, estampado de cores,
Mas a alma, antes marcada pela escuridão,
Agora é livre, e segue um samba-canção.

É... ás vezes a vida realmente me cansa.
Já não mais por me sentir por nós atada,
Mas por dançar, sem cessar,
A vida num perfeito baile de gala.